24 de junho de 2010

Baixaria no trem

Já presenciou quase que um sexo explícito no trem? Pois é, isto aconteceu comigo hoje, exatamente na volta de um belo dia de trabalho. E quem me conhece, sabe que não estou ironizando.

Esta situação começou entre as Estações Rodoviária/São pedro. Dois homens e duas mulheres (dois casais) começaram a cantar Funk, em voz bem alta. Até aí, nada de tão absurdo. Chocante mesmo foi quando eles começaram a dançar. Imagine tu, presenciar alguém dançando Funk no trem, entre às 19:30 e 20:30, com várias pessoas voltando do seu trabalho, algumas com crianças, ter de aguentar isso? Fiquei de boca aberta. Tanto, que me fez parar a conversa com uma conhecida e olhar, pra ver se era exatamente aquilo que meus olhos estavam enchergando!

Uma senhora estava ao meu lado e perguntei se tinha visto a mesma coisa que eu: uma bagaceira dançando nas barras de ferro, como se estivesse numa boate! Isto mesmo, boate! Dançando e cantando alto, de forma muito vulgar, com crianças, idosos e adultos olhando tudo. Literalmente, quase um sexo explícito. E não estou exagerando! Tanto que as pessoas que estavam perto, se afastaram. 

Quando decidi ligar praquele número colado na parede, vi uma mulher agindo. Enquanto isto, a cena rolava. Fotos, vídeos, dança, canto e muita baixaria, inclusive uma calcinha aos olhos de quem estava perto. Isto mesmo, ela quase tirou a calça. Mostrou sua linda calcinha estampada, para quem quisesse ver aquele "sexo no trem", como ela mesma estava falando! 

Um pouco depois de a Estela desligar o telefone, a chamei e perguntei se ela tinha telefonado. Confirmou e começamos a conversar. 

Na estação Canoas, os dois seguranças entraram, flagrando a cena: eles estavam fazendo um showzinho grátis: tre-pan-do! Simplesmente chamaram a atenção dos quatro, dizendo: "o que é isso? Oh, gente, o pessoal tá reclamando"!, enquanto a mulher dizia: "estamos só tirando umas fotinhos, "moço"! Veja bem, eles não abordaram! Esta cena durou dois minutos, no máximo! Os seguranças saíram, sem levar nenhum dos quatro! Ficamos de bocas abertas e indignados, porque nós que tivemos de ouvir que fomos fofoqueiros,  que somos enrustidos e que gostaríamos de estar fazendo aquilo, mas não tínhamos coragem! Que achas disto?

Pego o trem diariamente nestes 8 anos que trabalho fora e nunca vi coisa igual! Depois de um belo e satisfatório dia de trabalho, cansada, com os pés doídos do sapato de salto, tenho de presenciar isto? Pago uma passagem de R$ 2,75 pra isto também? Quando estava quase vomitando, decidi trocar de vagão, o que nem tinha passado pela minha cabeça por confiar no trabalho de segurança da Trensurb. 

Ficamos indignados! Uns reclamaram. Outros, se afastaram e só fizeram cara feia. Outros, agiram. Cadê os cidadãos? Cadê o povo brasileiro desta região? Cadê o bom senso? Estou censurando? Claro! Mas estou defendendo o respeito ao próximo, ao vizinho, ao colega de trabalho, às pessoas. 

Eles desceram na estação São Luiz, onde iríamos trocar de vagão, antes que eu vomitasse. Sentamos e fiquei pensando o que leva dois seguranças a agirem de forma tão permissiva. O que faz um povo trabalhador não gritar por aquilo que acredita, por respeito a eles! Tudo tem sua hora e seu momento, e sexo é um deles. Entre quatro paredes, pode TUDO. Vale o que o casal quiser!

Descemos na estação Sapucaia e nos deparamos com outros dois seguranças. Relatamos o caso e ele ficou apavorado, tanto que ligou para o chefe geral da segurança e nos passou o telefone. A Estela falou, expondo que deixou de ir pra casa no lugar de estar sendo uma voz ativa, que não era um trote e muito menos exagero. Eu complementei dizendo que hoje é isso. E amanhã? Um ladrão de galinha hoje; amanhã, estará no palácio, em Brasília. 

Um comentário:

  1. Eai minha queridaaaaaaaa...

    Como é que vai?

    Saudades!!!

    Que coisa chata hein....

    É um absurdo algumas coisas que a gente vê....

    tomara que os próximos seguranças possam resolver melhor uma situação desta!

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